Dando continuidade ao meu último post, estou me disciplinando a ler os sinais que o ambiente (amigos, pessoas conhecidas - ou não, a vida, o universo e tudo mais) me aponta.
Para quem não sabe, quando era criança e pré-adolescente era EXTREMAMENTE tímida e dependente. Do estilo que mal conseguia falar com as pessoas conhecidas, quem dirá desconhecidas. E do tipo que não saía na rua sozinha (até porque minha avó - outra pessoa idêntica - que me criou, até hoje mal consegue fazer qualquer coisa sozinha).
Pois bem, um dos meus sonhos era conseguir me virar sozinha e conseguir ficar num ambiente bem comigo mesma, sem precisar dos outros, somente contando com a pessoa que vos escreve.
O tempo passa, o tempo voa, o Bamerindus não existe mais e eu comecei a me revoltar com a vida.. Sim, eu fui uma adolescente nerd-roqueira-revoltada, mas que finalmente começava a dar sinais que amava a liberdade que estava começando a conquistar, com sangue, suor e lágrimas (não só minhas). As necessidades estavam seguindo a pirâmide de Maslow e se tornaram cada vez mais sofisticadas, até que tudo conspirou (inclusive eu) para que eu arranjasse meu canto sozinha. E isso aconteceu no mês de outubro, 5 anos atrás.
Essa semana que passou, tive 3 momentos que me provaram como eu atingi aqueles sonhos que eu mesma vislumbrava para mim.. mas também apontaram outros para eu correr atrás. Tudo começou na quinta, na última aula do curso e História do Cinema que estava fazendo.. Assim, o fiz sozinha, do início ao fim e fiquei feliz com isso.. não me senti mal por estar sozinha... pelo contrário, fiquei feliz por estar bem com a minha companhia e com a absorção de conhecimentos tããããããããoooo legais (aliás, altamente recomendo). Depois, fui a uma festa na sexta-feira com amigos que gosto bastante e não via há tempos. Era um lugar que tinha a minha cara, apesar de não ter a deles (não, não fui eu que escolhi)... tanto que chegou ao cúmulo deles irem embora e eu querer ficar, sozinha, dançando no meu canto e aproveitando o meu momento! Não somente isso, mas também outras pessoas ficaram impressionadas e me chamaram para dançar com seus grupos, e fiquei mais de hora papeando com desconhecidos. Momento inimaginável algum tempo atrás. Não somente isso ocorreu na sexta, mas também no sábado (mesmos amigos, festa diferente - dessa vez, território deles). Me senti independente como eu sonhava na minha tenra pré-adolescência. Meus amigos que presenciaram esses momentos ficaram felizes por mim:
- um amigo: Carol, companheira de balada muito tranquila, que não se incomoda se eu me "perder" por aí..
- uma amiga: Admiro sua independência, amiga (olha a dica de quem é aí)! Você não se importa, se diverte sozinha e tá lá, sussa.. Nem preciso me preocupar se você está se divertindo! E olha que sou toda preocupada!! (e é mesmo)
Depois de tantas demonstrações de que finalmente me tornei independente como eu tanto queria, tá na hora de bater palmas para mim mesma por ter atingido esse objetivo. Agora, percebi que preciso de outras coisas COMPLEMENTARES à minha liberdade, independência e, acima de tudo, confiança. Mas JAMAIS as quero perder!!!